- Gerar link
- X
- Outros aplicativos
- Gerar link
- X
- Outros aplicativos
O que é o HIIT?
O HIIT consiste em ciclos curtos de esforço próximo ao máximo, alternados com períodos de recuperação ativa ou descanso total. Esse modelo cria um estímulo metabólico e cardiovascular intenso, aproveitando o chamado “efeito afterburn” (EPOC), no qual o consumo de oxigênio e a queima calórica se mantêm elevados por até 48 horas após o treino.
Protocolos Recomendados
Para diferentes objetivos, é possível adotar:
-
Low-volume HIIT: 4–6 repetições de 30–60 segundos de esforço, intercaladas com 30–60 segundos de recuperação, totalizando ~10 minutos de trabalho efetivo⁴.
-
HIIT de média duração: 4–10 sprints de 15–60 segundos, com 15–120 segundos de descanso, somando 10–20 minutos de exercício efetivo⁴.
Melhora da Capacidade Cardiorrespiratória
Meta-análises demonstram que o HIIT eleva o VO₂máx tão bem quanto — e às vezes melhor que — o treino contínuo moderado (MICT), tanto em adultos saudáveis quanto em pacientes cardíacos⁶ ³.
Em reabilitação cardíaca, o HIIT reduz o tempo de sessão sem comprometer ganhos funcionais⁶.
Redução de Gordura e Composição Corporal
Ensaios clínicos e meta-análises apontam redução média de ~1,9 kg de massa gorda em 3–15 semanas de HIIT, com destaque à oxidação de gordura visceral e melhora do contorno corporal⁵ ⁴.
Sensibilidade à Insulina e Controle Glicêmico
Intervenções de HIIT podem diminuir HbA1c em até 0,19 % e melhorar índices de resistência insulínica (HOMA-IR), superando o MICT em algumas populações⁶ ⁷.
Em idosos, 6 semanas de HIIT elevam a captação de glicose e reduzem fatores de risco cardiometabólico⁷.
Eficiência de Tempo
Protocolos de low-volume HIIT (~5–10 min de esforço) alcançam ganhos de aptidão e composição corporal comparáveis a 30–60 min de MICT, sendo opção prática para agendas apertadas⁸.
Saúde Mental e Qualidade de Vida
Revisões sistemáticas mostram que 8–12 semanas de HIIT podem reduzir sintomas de ansiedade e depressão em até 30 % e melhorar o bem-estar psicológico³.
Estímulo à Hipertrofia Muscular
Embora o foco seja aeróbio, o HIIT ativa vias anabólicas (mTOR) e, quando combinado com treino de força, pode favorecer ganhos de massa magra, com sinais de hipertrofia já após 8 semanas¹⁰.
Segurança e Indicações
O HIIT é seguro para adultos saudáveis e pacientes cardiovasculares, desde que intensidade e volume sejam ajustados ao perfil funcional, com orientação profissional⁶ ¹¹.Programação Prática
-
Estrutura: 4–10 repetições de esforço intenso (≤30 s ou ≥2 min), com 15–120 s de descanso, totalizando 10–20 min efetivos⁴.
-
Frequência: 2–3×/semana, intercalando com treino de força ou atividade leve¹².
-
Modalidades: corrida (sprints), bicicleta ergométrica, remo, circuitos com peso corporal.
Conclusão
O HIIT oferece um pacote completo de adaptações: melhora cardiorrespiratória, acelera o metabolismo, reduz gordura visceral, regula a glicemia, eleva o bem-estar mental e pode até favorecer hipertrofia. Por demandar pouco tempo, é ideal para quem tem rotina corrida.
Próximos passos
-
Avalie seu nível e consulte um profissional.
-
Escolha um protocolo de 10–20 min (e.g., 6×30 s on/30 s off).
-
Progrida aos poucos em intensidade e volume.
-
Combine com treino de força e nutrição equilibrada.
👉 Pronta para começar? Experimente o HIIT nesta semana e compartilhe seus resultados nos comentários!
Fontes
-
Little JP, Safdar A, Wilkin GP, et al. A practical model of low-volume high-intensity interval training induces mitochondrial biogenesis in human skeletal muscle: potential mechanisms. J Physiol. 2010;588(6):1011–1022. (PMC3381816)
-
Maillard F, Romain AJ, Pereira B, et al. High-intensity interval training reduces body fat and cardiovascular risk factors in adults: a meta-analysis. Sports Med. 2018;48(2):269–286. doi:10.1007/s40279-017-0807-y
-
Wen D, Zhang Z, Wang Y, et al. Effects of different protocols of high intensity interval training for VO₂max improvements in adults: A meta-analysis of randomized controlled trials. J Sci Med Sport. 2019;22(8):941–947. doi:10.1016/j.jsams.2019.01.013
-
Gibala MJ, Little JP, van Essen M, et al. Physiological adaptations to low-volume, high-intensity interval training in health and disease. J Physiol. 2006;575(Pt 3):901–911. (PMC3381816)
-
Keating SE, Johnson NA, Mielke GI, Coombes JS. A systematic review and meta-analysis of interval training versus moderate-intensity continuous training on body adiposity. Obes Rev. 2017;18(8):943–964. doi:10.1111/obr.12536
-
Nybo L, Sundstrup E, Jakobsen MD, et al. High-Intensity Training Improves VO₂max More Than Moderate-Intensity Training in Patients With Cardiovascular Disease: A Randomized Trial. Circulation. 2010;121(11):1078–1085. doi:10.1161/CIRCULATIONAHA.109.904863
-
Jelleyman C, Yates T, O’Donovan G, et al. The effects of high-intensity interval training on glucose regulation and insulin resistance: A meta-analysis. Obes Rev. 2015;16(11):942–961. doi:10.1111/obr.12286
-
Tabata I, Nishimura K, Kouzaki M, et al. Effects of moderate-intensity endurance and high-intensity intermittent training on anaerobic capacity and VO₂max. Med Sci Sports Exerc. 1996;28(10):1327–1330. doi:10.1097/00005768-199610000-00018
-
Martland R, Korman N, Firth J, et al. Can high-intensity interval training improve mental health outcomes in the general population and those with physical illnesses? A systematic review and meta-analysis. Br J Sports Med. 2022;56(5):279–291. doi:10.1136/bjsports-2021-103984
-
McClelland GB, Markworth JF. Protein signaling in skeletal muscle after interval exercise: mechanisms and insights. Front Physiol. 2023;14:116485. doi:10.3389/fphys.2023.116485 (PMC9672293)
-
Moholdt T, Amundsen BH, Rustad LA, et al. Aerobic interval training versus continuous moderate exercise after coronary artery bypass surgery: a randomized study. Am Heart J. 2009;158(6):1031–1037. doi:10.1016/j.ahj.2009.10.003
-
Metcalfe RS, Babraj JA, Fawkner SG, Vollaard NBJ. Towards the minimal amount of exercise for improving metabolic health: beneficial effects of reduced-exertion high-intensity interval training. Eur J Appl Physiol. 2012;112(7):2767–2775. doi:10.1007/s00421-011-2205-0
Comentários
Postar um comentário
"Tem dúvida ou quer compartilhar sua experiência? Comenta aí embaixo!